Presidente eleito dos EUA, Joe Biden, tira a máscara para falar a jornalistas durante entrevista coletiva em Wilmington nesta quinta-feira (19) — Foto: Tom Brenner/Reuters

Presidente eleito dos EUA, Joe Biden, tira a máscara para falar a jornalistas durante entrevista coletiva em Wilmington nesta quinta-feira (19) — Foto: Tom Brenner/Reuters

“Usar máscara não é um ato político, e sim um dever patriótico”, disse Biden, após reunião com governadores.

Cartazes avisam sobre importância de lavar as mãos e anunciam venda de máscaras em El Paso, no Texas (EUA) — Foto: Mario Tama / Getty Images North America / Getty Images via AFP

Cartazes avisam sobre importância de lavar as mãos e anunciam venda de máscaras em El Paso, no Texas (EUA) — Foto: Mario Tama / Getty Images North America / Getty Images via AFP

Para o presidente eleito, um confinamento total nos Estados Unidos seria “contraproducente”. “Cada região, cada área, cada comunidade, tem diferenças”, justificou Biden.

Na semana passada, o presidente Donald Trump — que tem se recusado a admitir a derrota nas eleições presidenciais — disse esperar que o “próximo governo” não imponha um lockdown. O republicano não citou Biden nominalmente na declaração, mas admitiu, como raramente tem acontecido, que pode não estar na Casa Branca a partir de janeiro de 2021.

O número de mortos por Covid-19 nos EUA passou de 250 mil na quarta-feira. Por causa do agravamento da pandemia no país, cada vez mais intensa no interior, as autoridades americanas de saúde pediram que as pessoas não viajem para o feriado de Dia de Ação de Graças, na próxima quinta-feira.

Biden chama Trump de ‘mais irresponsável da história’

Joe Biden, eleito presidente dos EUA, durante coletiva de imprensa em Wilmington nesta quinta-feira (19) — Foto: Tom Brenner/Reuters

Joe Biden, eleito presidente dos EUA, durante coletiva de imprensa em Wilmington nesta quinta-feira (19) — Foto: Tom Brenner/Reuters

Na entrevista coletiva, Biden também criticou a atitude de Trump em não reconhecer que perdeu as eleições e não dar início a uma transição. “Infelizmente, meu governo não conseguiu ter acesso a tudo o que precisamos”, disse o presidente eleito a governadores de 10 estados.

Um dos problemas mencionados por Biden é a falta de acesso a documentos da força-tarefa de aceleração das produções e pesquisas das vacinas. Trump, inclusive, chegou a acusar farmacêuticas de atrasarem propositalmente o resultado positivo dos estudos para revelá-los somente depois do anúncio da vitória do democrata nas eleições.

Sobre essa recusa do republicano em admitir a derrota, o presidente eleito disse a jornalistas que Trump está enviando ao mundo “mensagens incrivelmente danosas para a democracia” e chamou o republicano de “o mais irresponsável presidente da história americana”.

“É totalmente irresponsável. Mostra ao mundo uma mensagem horrível sobre quem somos como país”, afirmou Biden.

Trump insiste em tentar reverter resultado

Presidente Donald Trump em imagem de 13 de novembro — Foto: Carlos Barria/Reuters

Presidente Donald Trump em imagem de 13 de novembro — Foto: Carlos Barria/Reuters

A ofensiva de Trump para reverter os resultados continua. A campanha dele mira agora em Michigan, ao convocar deputados republicanos à Casa Branca para mudar o veredito das urnas; e em Wisconsin, onde o presidente derrotado desembolsou US$ 3 milhões para forçar uma recontagem em condados urbanos onde Biden venceu com ampla margem.

Apesar das acusações de Trump, nenhuma prova de fraude foi demonstrada até o momento. Mesmo governadores do Partido Republicano em alguns estados reconheceram a vitória de Biden, assim como diversos líderes mundiais aliados da Casa Branca. Agências do governo americano e a OEA também não encontraram irregularidades.

Politibola com informações do G1