Teremos dados suficientes sobre a segurança (da vacina) em 25 de novembro para podermos solicitar uma aprovação emergencial da Agência Federal de Medicamentos, desde que os dados de segurança sejam positivos”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna, em conferência organizada pelo jornal “Financial Times”.

Voluntário recebe injeção durante fase de testes de potencial vacina contra a Covid-19 da empresa Moderna, em Seattle, nos EUA, em foto de 16 de março — Foto: AP Photo/Ted S. Warren

Voluntário recebe injeção durante fase de testes de potencial vacina contra a Covid-19 da empresa Moderna, em Seattle, nos EUA, em foto de 16 de março — Foto: AP Photo/Ted S. Warren

Moderna, juntamente com as empresas farmacêuticas americanas Pfizer e Johnson & Johnson, está na fase 3 dos testes clínicos, na qual a vacina experimental ou um placebo são injetados aleatoriamente em dezenas de milhares de voluntários para verificar se a vacina é segura e eficaz.

Os testes da fase 3 da vacina AstraZeneca / Oxford continuam suspensos no país, mesmo depois de pesquisadores atestarem que a retomada dos testes é segura — os ensaios voltaram no Brasil e em outros países.

Trump quer vacina até novembro

Presidente Donald Trump fala durante o 1º debate da campanha presidencial na terça-feira (29) em Cleveland — Foto: Patrick Semansky/AP

Presidente Donald Trump fala durante o 1º debate da campanha presidencial na terça-feira (29) em Cleveland — Foto: Patrick Semansky/AP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, candidato a um segundo mandato, expressou repetidamente o desejo de obter uma vacina antes das eleições de 3 de novembro, o que suscitou preocupação em especialistas em saúde pública sobre uma possível pressão política no processo de regulamentação.

Apenas um laboratório, Pfizerespera resultados até o final de outubro, poucos dias antes da votação, o que permitiria à empresa buscar imediatamente a aprovação da Agência Federal de Medicamentos.

Este protocolo de testes fornece uma análise provisória dos dados em um estágio relativamente inicial em comparação com os outros. Mas cientistas e especialistas em ensaios clínicos alertam para os riscos de uma aprovação muito rápida, pois consideram mais pertinente testar a vacina por mais alguns meses, para ter certeza de sua eficácia e possíveis efeitos colaterais, especialmente porque a vacina seria aplicada em centenas de milhões de pessoas.

Por France Presse
Com Politibola