Narges Mohammadi em imagem de junho de 2007 — Foto: Behrouz Mehri / AFP
Narges Mohammadi foi presa em 2015 por pertencer a um grupo que pede o fim da pena de morte no Irã. Ela já apresentou sintomas da Covid-19, mas não foi solta. Uma agência de notícias do país afirma que sua pena de dez anos foi reduzida, mas não explicou o porquê.
Mohammadi, de 48 anos, é uma defensora da abolição da pena de morte no país. Ela foi detida em 2015 e condenada em 2016 por ser porta-voz de um grupo de campanha que foi considerado ilegal, o Centro dos Defensores dos Direitos Humanos do Irã.
A fundadora desse grupo, a advogada Shirin Ebadi, ganhou do Prêmio Nobel da Paz em 2003.
Na noite de quarta-feira ela foi solta, de acordo com a Justiça da província de Zanjan, onde ela estava detida.
As informações são da agência Tasnim. No texto, não há explicações sobre o porquê da redução da pena.
O marido de Mohammadi confirmou sua libertação em uma rede social: “Narges foi libertada da prisão de Zankhan às 3h da manhã (8h30 em Brasília). Desejo liberdade para todos os prisioneiros”, escreveu Taghi Rahmani.
Em julho, a ONU pediu a soltura. Na ocasião, Mohammadi apresentou sintomas da Covid-19. Em agosto, o marido dela disse que, aparentemente, ela havia se curado.
No Irã, a pandemia infectou 484 mil pessoas, das quais 27,7 mil morreram, segundo dados oficiais.
Veja uma reportagem de abril sobre como o Irã gerenciou a pandemia de Covid-19.