Página do templo publicou postagem no Facebook contra o professor Samuel Paty, que mostrou caricaturas de Maomé aos alunos.
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‘Eu sou professor’, diz cartaz levantado por manifestante no domingo (18) em Paris, na França, durante protesto contra o assassinato de Samuel Paty — Foto: Charles Platiau/Arquivo/Reuters
De acordo com as autoridades francesas, a mesquita, localizada na cidade de Pantin, forneceu o endereço do professor e disse que ele “merecia ser intimidado”. Paty foi decapitado na sexta-feira, também na periferia de Paris, em um ato caracterizado pelo presidente Emmanuel Macron como atentado terrorista.

Milhares saem às ruas em homenagem ao professor assassinado nos arredores de Paris
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Manifestante exibe foto do professor Samuel Paty, decapitado nos subúrbios de Paris, na França. Foto de manifestação em Lille em 18 de outubro — Foto: François Lo Presti/AFP
Quinze pessoas foram presas por envolvimento com radicalismo. Entre os detidos, estão quatro estudantes do ensino médio, segundo fontes judiciais. O assassino é um checheno de 18 anos identificado como Abdullakh Anzarov, que foi morto pela polícia após o crime.
Segundo uma fonte próxima ao caso, o professor decapitado foi “apontado” para o assassino “por um ou vários estudantes do colégio, em princípio em troca de um pagamento”.
Os investigadores tentam, agora, descobrir se o assassino decidiu atacar o professor por conta própria ou se agiu a mando de um grupo ou de outra pessoa.
França aperta o cerco contra extremistas
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Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, chega para reunião no Palácio do Eliseu nesta segunda (19) — Foto: Ludovic Marin/AFP
Desde o assassinato de Samuel Paty, que ensinava História e Geografia em uma escola do ensino médio em Conflans-Sainte-Honorine, oeste de Paris, mais de 80 investigações foram abertas contra “todos aqueles que disseram de uma forma ou de outra que esse professor tinha buscado o assassinato”, disse Darmanin.
O presidente Emmanuel Macron convocou no fim de semana um conselho de defesa para debater o tema e disse que “o medo mudará de lado”.
“Os extremistas islâmicos não devem poder dormir em paz em nosso país”, disse governo francês.
No final de uma reunião de duas horas e meia com o primeiro-ministro, Jean Castex, cinco ministros e o procurador antiterrorista Jean-François Richard, Macron anunciou um plano de ação contra “estruturas, associações ou pessoas próximas a círculos radicalizados” que propagam convocações ao ódio.
Por France Presse
Com Plitibola