Declaração foi dada após questionamento sobre a decisão de Bolsonaro de cancelar acordo de compra da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
“Nós escolhemos a ciência. [A questão] não é a respeito da nacionalidade, e essa é a beleza de ser multilateral, esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e deveremos escolher a melhor vacina. E como se sabe, não vamos apoiar nenhuma vacina até que seja provado que ela teve o mais alto padrão de segurança e o nível certo de eficácia.”
Margaret Harris, porta-voz da OMS, em vídeo da entidade de 2015 — Foto: Reprodução/OMS
Na quarta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ordenou o cancelamento do acordo e que “estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”.
Politização da vacina
Em entrevista, a vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, disse que das 10 vacinas em estados avançados de pesquisa, 4 são chinesas, uma é russa e cinco outras são de multinacionais.
“O Brasil tem condições de avaliar, por meio da Anvisa, porque uma vacina não pode entrar no mercado antes de terminar a fase 3”, disse ela.
“Hoje o mundo depende de muitos produtos farmacêuticos que são oriundos da China: muitos dos princípios ativos farmacêuticos, boa parte das plantas, das fábricas de produção, por exemplo, antibióticos são chinesas, vêm da China.”
Segundo a vice-diretora-geral da OMS, há politização em torno do tratamento da Covid-19, mas o importante é que a autoridade sanitária (no caso brasileiro, a Anvisa), esteja atenta.
Politibola com TV Globo