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Naquele dia 7 de setembro de 1925, feriado da independência,  Antônio  Fernandes Bióca, Alberto Santos, Amélio Leite, José Casado de Oliveira (Casado), José de Castro, José Eloy Júnior, José Rodolfo, José Sodré, Luiz Gomes, Olívio Barreto, Osmindo Lima, Plácido Véras (Guiné), e Zacarias Ribeiro (Cotó) foram os 13 amigos que reuniram para fundar um time de futebol, em Campina Grande. Mais tarde, o clube se mudou para o bairro do São José.

Galo é o mascote

O nome Treze Futebol Clube foi sugerido por José Casado de Oliveira (Casado), já que ali estavam reunidos 13 amigos. Naquele dia a intenção era reunir 14 amigos, mas um deles faltou ao encontro. Já o mascote Galo foi escolhido devido o animal corresponder ao número 13 no jogo do bicho.

Nestes 95 anos o Galo da Borborema alcançou grandes feitos, como 48 taças e seus 46 títulos tendo como destaque a Série B do Campeonato Brasileiro 1986, o título invicto do Campeonato Paraibano 1966. Além disso, o Treze Futebol Clube se destacou com uma invejável campanha na Copa do Brasil 2005, quando chegou ao quinto lugar da competição nacional.

Três bi

No Campeonato Paraibano, o Galo da Borborema possui 16 títulos. Nos últimos 20 anos possui 7 títulos, sendo provenientes de 3 bicampeonatos (2000-2001/2005-2006/2010-2011/2020). Em recente ranking divulgado, em competições promovidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Treze Futebol Clube está na frente de seus maiores rivais no estado.

São 51 competições na história do Treze, ao longo de sua história nos eventos promovidos pela CBF: o Galo disputou nove Campeonatos da Série A. Mais nove Certames Nacionais da Série B. O Alvinegro disputou 15 Séries C do Brasileiro e cinco Séries D. São 13 participações na Copa do Brasil.

Títulos

Campeonato Paraibano (16 títulos)
1940 / 1941 / 1950 / 1966 (Invicto) / 1975 / 1981 / 1982 / 1983 / 1985 / 1989 / 2000 / 2001 / 2005 / 2006 / 2010 / 2011 / 2020

Campeão módulo amarelo Torneio Paralelo CBF
(equivalente à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro)
1986

Torneio Pernambuco Paraíba
1961

Torneio Paraíba – Rio Grande do Norte
1980

Motivos para comemorar

O Treze tem motivos sim, para comemorar seus 95. Como representante da Paraíba no Campeonato Brasileiro da Série C. Além de ser o campeão estadual, superando os seus dois maiorias rivais, nas fases decisivas.

Para comemorar o título do estadual, o Galo superou o Botafogo da Paraíba na fase semifinal, em grande feito. O Treze tirou uma vantagem de dois gols, no jogo de volta. O Galo ganhou por 2 a 0, em Campina Grande, mesmo resultado da ida, para o adversário. O time alviengro ganhou a vaga nos pênaltis.

Na fase final, o Treze tinha pela frente nada menos que, o Campinense. Depois de mais de uma década, o Clássico dos Maiorais, serviu para escolher o campeão paraibano. O Treze resolveu e venceu a partida de ida por 2 a 0, gols de Alexandre Santana e Bruno Mota. Com isso, comemorou a conquista do maior troféu do do futebol estadual, mesmo com a vitória do rival, por 1 a 0.

Seleção do Campeonato

Muutos sites escolheiram os melhores do Campeonato Paraibano de 2020, especialmente, a seleção formada pelos melhores da competição. Mas, a Federação Paraibana de Futebol aprovou, como sendo o selecionado da competiçõa, com a base do Treze, com nove jogadores.

Goleiro: Jeferson (Treze)
Lateral Direito: Léo Pereira (Treze)
Zagueiros: Breno Calixto (Treze) / Nilson Júnior (Treze)
Lateral Esquerdo: Gilmar (Treze)
Volantes: Robson (Treze) / Robertinho (Campinense)
Meio-Campistas: Vinicius Barba (Treze) / Douglas Lima (Treze)
Atacantes: Alexandre Santana (Treze) / Rafael Ibiapino (Campinense)
Jogador Revelação: Lohan (Botafogo)
Craque do Campeonato: Rafael Ibiapino (Campinense)

Treinador: Moacir Júnior (Treze)

Melhor pontuação

Em 14 jogos, o Treze soma 28 pontos ganhos, com oito vitórias, com 15 gols a favor, no Campeonato Paraibano de 2020. O alvinegro é o time que tem mais vitórias competição. Mas, não terá vantagem na decisão do contra o Campinense.

Para chegar na briga pelo título estadual, o Treze venceu o Botafogo duas vezes, no mesmo dia. Depois da vitória no tempo normal pro 2 a 0 e por 5 a 4 nos pênaltis. O zagueiro Nilson Júnior fez o gol da classificação.

Os artilheiros do Treze são: Rafael Oliveira (2), Breno Calixto (2), Almir (2), Caxito (1), Talles (1), Gilmar (1), Nilson Júnior (1), Ermínio, Alexandro Santana, Bruno Mota, Jefferson (do Sousa, contra) e Fred do Botafogo contra).

Heróis do título

Jefferson, Paulo Vanzeler, Renan, Juliano, Gustavo, Breno Calixto, Nilson Júnior, Gilmar, Robson Luiz, Vinícius Barba, Alexandre Santana, Tales, Douglas Lima, Frontini, Dedé, Caxito, Júnior Fialho, Bruno Mota, Edson Carioca, Leo Pereira, Ítalo, Rezende, Alisson Cassiano, Ceará, Ermínio, Guilherme, Ceará, Rafael Araújo, Almir, Patric Mota, Rafael Oliveira, Mirandenha, Eduardo Elias, Diego, Leomax Costa, Alexandro.

Veja a campanha do Galo

1ª RODADA

Treze 2 x 1 CSP

2ª RODADA

São Paulo Crystal 0 x 2 Treze

3ª RODADA

Sousa 1 x 0 Treze

4ª RODADA

Treze 2 x 0 Nacional de Patos

5ª RODADA

Campinense 1 x 1 Treze

6ª RODADA

CSP 2 x 0 Treze

7ª RODADA

Treze 1 x 0 São Paulo Crystal

8ª RODADA

Treze 2 x 1 Sousa

9ª RODADA

Nacional de Patos 0 x 0 Treze

10ª RODADA

Treze 1 x 0 Campinense

11a RODADA

Botafogo 2 x 0 Treze

12a RODADA

Treze 2 x 0 Botafogo

13a RODADA

Campinense 0x2 Treze

14a RODADA

Treze 0x1 Campinense

CRÔNICA : Causos & Lendas do Nosso Futebol

Treze herói

Por Serpa Di Lorenzos

Um dos grandes times do estado da Paraíba, o Treze Futebol Clube, nasceu em uma pequena casa de seu primeiro presidente e fundador, no longínquo ano de 1925, precisamente no dia sete de setembro. O senhor Antônio Fernandes Bióca abriu as portas de sua residência e recebeu doze amigos que gostavam de futebol, discutiram, planejaram e finalmente foi criado um dos grandes times do nordeste.

O fundador Antônio Fernandes Bióca é considerado por muitos historiadores como sendo o desportista que introduziu o futebol na Paraíba; tendo inclusive passagens nos antigos times do Red Cross e Cabo Branco. Este último ainda existente porém abandonou o futebol profissional.

O Nome do clube que estava sendo criado não teve consenso nas primeiras discussões, foi quando um dos fundadores- José Casado – teve a brilhante idéia de homenagear e batizar a nova agremiação chamando-a de Treze Futebol Clube em decorrência de serem treze desportistas que participavam da sua fundação. A proposta foi de imediato aceita por todos os treze fundadores presentes. Uma ata histórica foi redigida pelo secretário interino Alberto Santos e assinada por todos.

Galo

Não foi difícil fazer a escolha do mascote do clube em um estado que tem a cultura e a tradição de fazer uma fezinha no jogo do bicho. E assim o Treze F. C passou a ser carinhosamente chamado de Galo, animal representado pelo número 13 no jogo do bicho. Hoje, depois desse tempo todo, podemos dizer que o galo da Borborema já cantou alto em muitos galinheiros da região norte nordeste.

O primeiro jogo oficial do galo da Borborema foi realizado contra a forte equipe do Palmeiras, no campo existente nas antigas instalações da Sanbra, terminando com a vitória de um tento a zero, gol marcado por Plácido Veras “Guiné” que passou a ser o atleta que marcou o gol número um do Treze F.C.

Presidente Vargas

Em 1937, na época do interventor Argemiro de Figueiredo, foi doado o terreno que posteriormente foi construído o estádio Presidente Vargas, que já passou por várias reformas e que foi palco de jogos históricos, principalmente com o seu maior rival, o aristocrático Campinense Clube.

No ano de 1940 o time conseguiu conquistar o seu primeiro título estadual, repetindo a façanha e conquistando o bi-campeonato em 1941. Um grande orgulho para o torcedor trezeano foi o fato de ver o bi-campeão do mundo “Garrincha” no final da década de sessenta vestir a sua camisa em um jogo amistoso contra a seleção da Romênia.

Uma curiosidade que não agradou a sua torcida fora a tentativa ocorrida nos anos oitenta de alguns dirigentes de mudar o nome do clube: de Treze Futebol Clube para Treze Atlético Paraibano; por meio de uma estrondosa votação em plebiscito os dirigentes tradicionais derrotaram e esmagaram essa idéia inovadora.

Maior torcida

O Treze e o Botafogo da capital disputam e se rivalizam para ver quem possui a maior torcida do estado, a mais fanática e a que proporcionou o maior público em nossas praças de esportes. Há controvérsias nesse assunto.

Aliás, por falar em torcida, no final da década de setenta saí de João Pessoa em um veículo Kombi, de propriedade de Doca do leite, na companhia de Vanni baú, Ivan champroula, Nana de biu, Kiko doido, Eduardo macaco, Sérgio bode, Sérgio peba, Fernando cagão, Ricardo cabaré e Dário doido para assistirmos o jogo contra o forte e temido time do Treze dentro do Amigão. Cobrimos o veiculo com as bandeiras do Belo, levamos dois surdos, um tarol, dois repiques e dois maracás, muita cachaça, fogos de artifícios e partimos.

Estávamos todos alegres, um pouco embriagados e festivos, passamos a soltar fogos e a cantar músicas e hinos do time da capital. Finalmente, no interior da tradicional Sorveteria Flórida, quando tomávamos a saideira, a expulsadeira, a última, a pé na bunda e outras mais, Naná de biu inadvertidamente passou a cantar e a gente a fazer coro.

Foi nesse dia que tive a certeza de que a torcida do galo poderia não ser a maior do estado mas naquele momento foi melhor de briga, pois saímos escoltado e protegidos pela briosa PM .

Esta crônica é dedicada aos noventa e cinco anos de fundação e glórias do Treze F. C, data festiva que será comemorada neste dia 07/09/20.

Por: SoEsportes
Reprdução: Politibola