Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em foto no dia da Independência do país, 15 de setembro — Foto: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em foto no dia da Independência do país, 15 de setembro — Foto: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters

Parlamentares do partido de Ortega apresentaram nesta segunda-feira (28) projeto de lei que torna a disseminação de “informações que ameacem a segurança nacional” punível com até quatro anos de prisão. A legislação proposta provocou críticas de organizações jornalísticas e ativistas de oposição.

A introdução da “lei de cibercrimes” acontece após a introdução de um outro projeto, apresentado na semana passada, para proibir o financiamento internacional para “propósitos políticos” e requer que qualquer um que receba verbas do exterior se registre no Ministério do Interior e explique o destino do dinheiro.

Membros da oposição também criticaram o projeto, dizendo que ele tem o objetivo de impedir que os críticos do governo recebam financiamento de fora antes das eleições de 2021.

Neste mês, um canal de televisão crítico do governo nicaraguense teve bens embargados pelas autoridades do governo Ortega. Desde 2014, pelo menos 20 veículos de comunicação em todo o país já teriam sido confiscados ou fechados pelo governo.

Crise na Nicarágua

Homem com máscara caminha em frente a um muro com a figura do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em 30 de março — Foto: Oswaldo Rivas/Reuters
Homem com máscara caminha em frente a um muro com a figura do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em 30 de março — Foto: Oswaldo Rivas/Reuters

Ortega, cujo mandato termina em janeiro de 2022, classifica seus adversários como golpistas e terroristas.

Veja mais sobre a crise de 2018 na Nicarágua no VÍDEO abaixo

Entenda o conflito na Nicarágua

Por Reuters
Com: Politibola