Last updated on dezembro 28th, 2020 at 03:46 pm
Navalny estava em voo de Tomsk para Moscou, que desviou para Omsk depois que ele se sentiu mal — Foto: Reuters/Shamil Zhumatov
Três exames laboratoriais concluíram que o opositor russo Alexei Navalny foi envenenado com um agente do tipo novichok, uma substância desenvolvida pela União Soviética nos anos 1970.
No dia 20 de agosto, Navalny viajaria de Tomsk para Moscou. Ele tomou chá no aeroporto, de acordo com sua assessora de imprensa. Durante a primeira meia hora do voo, ele começou a passar mal. O piloto aterrissou em Omsk, na Sibéria, para que Navalny fosse atendido. De Omsk, ele foi transferido para Berlim.
No dia 3 de setembro, um laboratório militar alemão concluiu que Navalny, que está internato em Berlim, foi envenenado.
A Alemanha pediu a França e Suécia “uma revisão independente da evidência alemã a partir de novas amostras de Navalny”, afirmou o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert.
“Os resultados da revisão em laboratórios especializados da França e da Suécia confirmam a evidência”, declarou Seibert.
Organização para a Proibição de Armas Químicas entra em cena
O novichok é um tipo de substância química criada pelos soviéticos nos anos 1970. Seu uso constitui uma violação grave da Convenção sobre as Armas Químicas”, disse Seibert.
“Berlim solicitou à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) a análise das provas do caso Navalny”, afirmou Seibert.
A Opaq “extraiu amostras de Navalny e tomou as medidas necessárias para as análises nos laboratórios de referência da organização”, destacou o porta-voz alemão.
“Reiteramos o pedido para que a Rússia apresente explicações sobre o que aconteceu”, insistiu.
Combinar com os russos
Moscou pediu a Berlim que entregue as informações sobre o estado de saúde do opositor russo, especialmente as análises do laboratório alemão que identificaram uma substância do tipo novichok.
De acordo com as autoridades russas, as análises feitas durante a internação de emergência de Navalny em Omsk, na Sibéria, não revelaram a existência de nenhuma substância tóxica no organismo do ativista.
Por: Politibola
Fonte: France Presse