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Battisti foi refugiado na França por 15 anos e veio ao Brasil em 2004. Ele foi capturado em janeiro de 2019 na Bolívia, após cerca de 40 anos foragido. Na sequência, foi extraditado para a Itália.
Após quase 40 anos foragido, o italiano Cesare Battisti é escoltado após descer de avião que o trouxe da Bolívia até Roma, na Itália. Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, ele foi condenado à prisão perpétua em 1993 por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970 — Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Na carta, o condenado, que foi refugiado no Brasil até 2018, reclama que a administração penitenciária não responde a seus pedidos escritos e orais para “restabelecer a legalidade” de sua situação.
Confissão perante o juiz
Battisti foi refugiado na França por 15 anos e depois veio ao Brasil. Ele foi capturado em janeiro de 2019 na Bolívia, após cerca de 40 anos foragido. Na sequência, foi extraditado para a Itália.
Poucas semanas após seu encarceramento, reconheceu perante um juiz, pela primeira vez, sua responsabilidade pelos assassinatos.
Durante seu período na França entre 1990 a 2004, Cesare Battisti se beneficiou da proteção do presidente socialista da época, François Mitterrand, que se comprometeu a não extraditar nenhum militante de extrema esquerda que aceitasse renunciar à luta armada.
Em 2004, porém, o governo do presidente Jacques Chirac decidiu pôr fim à “jurisprudência Mitterrand” e extraditar Battisti. Ele então fugiu para o Brasil com uma identidade falsa e, conforme seu relato, com a ajuda do serviço secreto francês.
Por: France Presse
Reprodução: Politibola