Last updated on setembro 28th, 2020 at 08:39 pm
Pedro França/Agência Senado
Nos últimos 12 meses, procurador-geral da República imprimiu um estilo centralizador e um discurso de críticas ao modelo de forças-tarefa
O procurador-geral da República, Augusto Aras, completa nesta sábado (26) um ano à frente do cargo em litígio com a força-tarefa da operação Lava Jato, que levou para a cadeia figuras influentes da política e da economia. Nos últimos 12 meses, ele imprimiu um estilo centralizador e um discurso de críticas ao modelo de forças-tarefa. Com isso, ganhou dos colegas do Ministério Público a pecha de linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro em frentes de batalhas políticas e familiares.
Aras e Bolsonaro mantêm relação direta, sem interlocutores, afirmam auxiliares de ambos, no Ministério Público Federal e no Palácio do Planalto. Em um exemplo dessa proximidade, recentemente o presidente tentou, sem sucesso, um contato com o procurador-geral, que estava fora de Brasília. Pediu, então, ao ex-deputado federal Alberto Fraga, também amigo de Aras, para localizá-lo. Fraga diz que entrou em contato com o procurador-geral para dar a informação, mas Aras já tinha falado com Bolsonaro. No ano passado, o ex-parlamentar ajudou na aproximação entre eles. Procurado para comentar esse caso e a relação entre o presidente e Aras, o Palácio Planalto não se pronunciou.