Last updated on dezembro 28th, 2020 at 03:46 pm
Siphiwe Sibeko/Reuters – 27.8.2020
Até agora, mais de 650 mil casos foram confirmados. Alta no número de contágios aconteceu durante fase de testes de vacinas no país
“Os modelos atualmente revisados prevêem que há provavelmente cerca de 12 milhões de sul-africanos no total (detectados e não detectados) que foram infectados com coronavírus. Isso se traduz em cerca de 20% da população”, observa o Ministério em seu último relatório de situação sobre a pandemia.
“Estamos atualmente embarcando em um estudo nacional de soroprevalência que deve nos aproximar da soroprevalência real dos anticorpos do coronavírus e nos dará uma indicação mais precisa de nosso status de imunidade nacional”, acrescentam as autoridades de saúde sul-africanas no relatório.
Se esses cálculos forem atendidos, o número real de infecções seria quase 20 vezes maior que o de positivos oficiais (650.749 até o momento, com 15.499 mortes e 579.289 pacientes já recuperados).
Significaria também que a África do Sul tinha um grande número de casos assintomáticos, ainda maior do que o previsto no início da pandemia (estimou-se que 3 em 4 casos poderiam passar despercebidos).
Os cálculos baseiam-se nos estudos parciais de soroprevalência realizados até o momento e seriam uma possível explicação para a forte queda que a curva epidêmica vem experimentando na África do Sul nas últimas semanas.
Já em julho, quando a África do Sul registrava seu máximo de infecções e se tornava a quinta nação do mundo mais atingida pela pandemia do novo coronavírus, foram detectados sinais de uma expansão do coronavírus ainda maior do que se pensava.
O principal indicador foram os estudos médicos realizados com os voluntários para os ensaios com a vacina da Universidade de Oxford (e posteriormente também para um segundo ensaio, com proposta do laboratório americano Novavax).
Diante da evolução da pandemia na África do Sul, o presidente do país, Cyril Ramaphosa, deve anunciar uma nova flexibilização das restrições esta semana.
Isso pode significar, por exemplo, a reabertura das fronteiras da nação mais industrializada da África depois de meio ano fechado.
A nação do sul deve agora procurar maneiras de reanimar sua economia após a devastação causada pelas medidas drásticas aplicadas para conter a pandemia.
Segundo estatísticas oficiais, no segundo trimestre de 2020, coincidindo com os meses de forte confinamento, o Produto Interno Bruto (PIB) sul-africano sofreu uma contração de 51%.
Do R7 com Politibola
Edição: Ailton Cavalcanti