Last updated on dezembro 28th, 2020 at 03:46 pm

Segundo presidente da Colômbia, líder colombiano também está repassando armas da Rússia e de Belarus para guerrilheiros colombianos

“Há informações de agências internacionais de inteligência que trabalham conosco mostrando que há um interesse da ditadura de Nicolás Maduro em adquirir alguns mísseis de médio e longo alcances através do Irã”, disse Duque no fórum virtual “Compromisso para o Futuro da Colômbia”.

O fórum foi organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade (FIL), presidida pelo escritor Mario Vargas Llosa, que tem como objetivo promover a liberdade, a democracia e o Estado de Direito na América Latina.

Duque acrescentou que as informações disponíveis são de que “os mísseis ainda não chegaram, mas que estas abordagens foram feitas, particularmente com a instrução de (Vladimir) Padrino”, o ministro da defesa da Venezuela.

O presidente colombiano também disse que há informações de agências de segurança de que membros da Guarda Nacional Bolivariana estão repassando armas da Rússia e de Belarus para o ELN – que supostamente conta com simpatia de Maduro – e que algumas são usadas em áreas de fronteira entre os dois países sul-americanos.

“Temos informações de inteligência (…) de muito tempo atrás, mas também confirmamos que há membros da Guarda venezuelana que estão repassando armas de outros países, particularmente de Rússia e Belarus, para estas estruturas (do ELN) nas áreas de fronteira”, afirmou.

A proximidade da Venezuela com o ELN

Duque ressaltou que o grupo guerrilheiro é um dos mais letais da Colômbia atualmente e que atua na região de mineração da Venezuela.

O presidente colombiano também disse que existem vídeos nos quais até mesmo este grupo guerrilheiro jura fidelidade ao regime de Maduro.

Há algumas semanas, o jornal El Tiempo divulgou um vídeo no qual um guerrilheiro com o codinome “Edward”, da Frente Oriental do ELN, diz a Maduro para “contar com o Exército de Libertação Nacional até a morte”.

“Somos leais à Venezuela e queremos que eles tenham confiança em nossas tropas, em nossa força militar. Somos um só para defender o país de Simon Bolívar”, disse o guerrilheiro.

A Colômbia faz parte do grupo de mais de 50 países que reconhecem o líder opositor Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e não mantém relações diplomáticas com o regime de Maduro desde 23 de fevereiro de 2019.

Conteúdo: Luisa Gonzalez/Reuters