Last updated on janeiro 4th, 2021 at 07:18 pm
Joe Biden, candidato democrata a presidente dos EUA, durante evento de campanha nesta segunda-feira (31) — Foto: Alan Freed/Reuters
Em 1º evento presencial desde que deu a largada na campanha, candidato democrata condenou vandalismo nas manifestações e disse que Trump alimenta a violência.
Os recentes episódios de violência nos protestos nos Estados Unidos estiveram no centro dos discursos dos dois principais candidatos nas eleições americanas. O presidente e candidato a reeleição Donald Trump trocou acusações com o democrata Joe Biden sobre quem teria a responsabilidade pelas cenas de brutalidade vistas nas cidades do país.
Pela primeira vez em público desde que teve a candidatura oficializada, Biden condenou a violência e o vandalismo no protesto — em tentativa de se desvencilhar das acusações dos republicanos de que os democratas apoiam a baderna durante as manifestações.
“Baderna não é protesto, vandalismo não é protesto, atear fogo não é protesto. Violência não trará mudanças, só destruição”, disse Biden durante o evento. “Não devemos queimar, devemos construir.”
Por isso, Biden também atacou Trump e o acusou de gerar a onda de violência nas manifestações.
“Ele não quer trazer a luz, ele quer produzir calor e está gerando violência nas nossas cidades. Ele não consegue parar a violência porque ele a tem alimentado por anos”, disparou o democrata.
Donald Trump, presidente dos EUA, fala durante coletiva de imprensa na Casa Branca nesta segunda-feira (31) — Foto: Leah Millis/rEUTERS
Trump, logo em seguida, respondeu às declarações do adversário pela rede social e voltou a ligar Biden e os democratas à violência. “Acabei de assistir ao que Biden tinha a dizer”, afirmou.
“Para mim, ele está acusando a polícia bem mais do que os baderneiros, anarquistas, agitadores, vândalos, que ele jamais poderia culpar para não perder o apoio da esquerda radical [apoiada por] Bernie [Sanders, senador democrata]”, completou.
Depois, em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump voltou a criticar o adversário e disse que os Departamentos de Justiça e de Segurança Doméstica dos Estados Unidos estão estabelecendo um centro de operações conjuntas para investigar “distúrbios civis de esquerda”.
“A estratégia de Biden é se render aos movimentos de esquerda”, disse.
Violência acirra corrida eleitoral
Manifestante ‘Black Lives Matter’ discute com apoiador de Donald Trump durante protesto em Portland, nos EUA, no sábado (29) — Foto: Paula Bronstein/AP Photo
A escalada da violência entre policiais, manifestantes contra a brutalidade policial e apoiadores de Trump se acirrou nas últimas semanas nos EUA. A situação piorou neste fim de semana, quando um ativista favorável ao republicano morreu baleado em Portland, cidade americana tomada por protestos desde maio.
Com a proximidade das eleições, Trump e Biden trocam acusações sobre quem teria responsabilidade sobre as cenas de violências. De um lado, o republicano diz que as cidades com mais casos violentos são aquelas governadas por democratas e que os opositores apoiam “radicais de extrema esquerda”. Do outro lado, a oposição diz que a retórica do presidente incendeia manifestantes e incentiva violência e vandalismo.
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Politibola com informações do G1
Por Ailton Cavalcanti